Medido pela AABIC, índice IPEMIC também mostra queda na taxa de mora em junho, pelo quinto mês consecutivo
São Paulo, 22 de agosto de 2018 – A cidade de São Paulo encerrou o primeiro semestre de 2018 com o menor índice de inadimplência registrado nos últimos quatro anos no pagamento dos boletos condominiais. Medido pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), a maior entidade representativa do segmento no Estado, o Índice Periódico de Mora e Inadimplência Condominial (IPEMIC) registrou 3,02% de taxa de inadimplência em junho.
Este é o menor percentual de inadimplência apurado pela AABIC desde outubro de 2014, quando o índice atingiu o patamar de 2,89% nos condomínios de São Paulo. O índice também é menor em comparação a junho do ano passado, que ficou em 3,3%. A AABIC considera devedor inadimplente para cálculo do IPEMIC os proprietários e inquilinos que atrasam o pagamento da cota condominial por 90 dias após a data do vencimento. Nessa condição, o devedor sinaliza maior dificuldade para honrar os boletos em razão de outros compromissos financeiros.
O IPEMIC também revela que os condomínios terminaram o semestre com menor índice de boletos em atraso. O índice de mora, que mede os valores emitidos e não pagos dentro do próprio mês de vencimento, ficou em 6,86% em junho. Além de ser menor em relação ao percentual registrado em junho de 2017, de 7,51%, a taxa manteve uma tendência de queda verificada durante todo o semestre. Neste período, o índice de mora caiu de 8,47%, em janeiro, para 6.86% no final de junho, na quinta queda consecutiva apurada pelo IPEMIC. É a primeira vez, desde 2014, que os índices de mora e inadimplência registram queda mais consistente por um semestre inteiro.
Cenário adverso
Para o presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior, a tendência de queda sinaliza, sobretudo, a adaptação dos brasileiros e das administradoras de condomínios à realidade sócio econômica do país. “Os condôminos estão cortando despesas para adequar seus gastos ao orçamento mais apertado. Além disso, as administradoras apoiaram os síndicos na renegociação de contratos com fornecedores, intensificaram a cobrança extrajudicial e a renegociação de dívidas (acordos) e, consequentemente, ajustes nos valores das taxas condominiais”, avalia Graiche Júnior. O dirigente ainda ressalta que os condomínios estão sendo mais cautelosos na avaliação de custos para fazer obras de manutenção e melhorias.
Apesar do claro movimento de retração nas taxas de mora e inadimplência, a comparação com o primeiro semestre do ano passado mostra que os índices ainda refletem um cenário econômico adverso. No acumulado dos seis primeiros meses de 2018, a média do índice de inadimplência foi de 3,2%, pouco inferior aos 3,32% registrados em igual período de 2017. Já o índice de mora registrou média de 7,60% no primeiro semestre de 2018, superior à média de 7,19% anotada nos seis primeiros meses do ano passado.
“A economia ainda não melhorou, mas as pessoas estão mais conscientes sobre a realidade do País e, portanto, buscando adequar seus gastos à capacidade do bolso”, pondera o presidente da AABIC. Segundo Graiche Júnior, a indicação é que os moradores não comprometam mais de 5% da renda familiar com taxas de condomínios.
Sobre a AABIC
A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC) é uma entidade com 40 anos de atuação na formação qualitativa do mercado de administração de condomínios e locação de imóveis. Com 77 empresas associadas, que respondem por 110 mil funcionários empregados, as associadas à AABIC administram atualmente 16 mil condomínios, onde moram mais de 5,1 milhões de pessoas. Fundada em 1978, a AABIC busca cumprir com excelência e rigor sua principal missão: orientar a administração de bens imóveis e condomínios em suas atividades. Com uma gestão voltada para o aperfeiçoamento contínuo da qualidade dos serviços de orientação e treinamento, a associação trabalha pela valorização do segmento no mercado imobiliário.