Com mercado de “imóveis verdes” crescendo a cada dia, a 20ª edição do CONAMI trouxe em sua programação a temática do conceito ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança), com palestras mediadas pelo Diretor de Condomínios da AABIC, Omar Anauate.
O diretor executivo do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), Felipe Augusto Faria, apresentou estudo que evidencia o retorno financeiro de edifícios certificados. Para chegar ao resultado, no cálculo de aluguel/m², foram considerados fatores como idade do imóvel, certificação LEED, localização, tamanho, condições de mercado, segmento de mercado, padrão construtivo, entre outros. A pesquisa focada em edifícios corporativos de São Paulo com certificação LEED (GBC), considerou 2.182 empreendimentos entre o primeiro trimestre de 2010 e o terceiro trimestre de 2014. Os aluguéis médios por m² de edifícios certificados foram R$43,45 superiores aos prédios disponíveis sem certificação.
Faria ressaltou que a adoção de selos verdes ocorre, em sua maioria, em edifícios corporativos, no entanto, atualmente há crescente demanda de busca da certificação por parte da área residencial.
“A certificação proporciona eficiência e redução de custos operacionais, desempenho acima das normas técnicas, consumo consciente, diferencial competitivo, mas o item principal é o conforto, saúde e bem-estar”, pontuou.
A segunda apresentação do painel foi feita pelo especialista em uso eficiente da água e sócio proprietário da Vis Aquae Consultoria, Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior. O palestrante trouxe exemplos de fontes alternativas para utilização consciente da água, especialmente no atual momento de risco de escassez hídrica. “Com essas mudanças que estamos tendo de fato, temos que rever essa questão e ter regras claras para termos uma situação mais tranquila”, salientou.