Cinco medidas de combate à Covid-19 nos condomínios de São Paulo

AABIC recomenda atitudes que vão de reforço na higienização à conscientização de crianças e proibição de uso de áreas comuns

 

São Paulo, março de 2021 – O mês de março registrou a maior média móvel de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e, em consequência, novas restrições de funcionamento e circulação em diversos locais. Entre eles, estão os condomínios, que também devem agir para evitar aglomerações e riscos à saúde dos moradores. Para José Roberto Graiche Júnior, presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), o momento exige uma administração voltada para a vida e segurança da saúde de todos.

Durante fases mais restritivas, os gestores dos condomínios devem atuar em prol da saúde, explica o presidente da Associação. “O síndico, como representante legal, tem o dever de zelar pelos interesses da coletividade e a pandemia exige uma atuação que vise a disseminação da doença”. Com esse objetivo, a AABIC, a maior entidade representativa do segmento no Estado, propõe dicas para administração de condomínios e boa convivência durante o isolamento.

1 – Medidas de higiene são obrigatórias

Independentemente do tamanho, do número de moradores ou da área de circulação, todos os condomínios devem exigir que moradores estejam sempre de máscara em áreas comuns e intensificar a limpeza, principalmente em áreas com grande fluxo de pessoas, além de higienizar frequentemente equipamentos de toque, como botões de elevador e maçanetas.

2 – Conscientização de crianças

Com as aulas remotas e restrições de atividades, as crianças podem ficar mais ativas em áreas comuns e de lazer. Por isso, é importante dialogar com os pais sobre os riscos e pedir que eles conscientizem os mais jovens sobre as medidas de segurança e possíveis restrições que o condomínio impõe.

3 – Proibições em áreas comuns

A AABIC acredita que o bom senso e a conscientização devem prevalecer para criar restrições em áreas comuns. Cada condomínio possui suas particularidades, portanto não é viável fazer uma única recomendação. O ideal é que o síndico priorize a segurança de todos. Vale também consultar os moradores, em assembleias, sobre os critérios de restrições e tomar a decisão de forma amigável.

4 – Assembleias virtuais

Todas as reuniões presencias devem ser canceladas ou realizadas de forma virtual. A realização de uma assembleia presencial é inadmissível durante as fases vermelha ou roxa da pandemia, principalmente por haver a possibilidade da reunião online. O momento que o País enfrenta permite que o síndico rebata qualquer questionamento sobre amparo legal das assembleias e preserve a saúde de todos os moradores.

5 – Barulhos

Durante as fases de restrições mais rígidas, os condomínios precisam da solidariedade e respeito de todos os moradores. As famílias, nesse momento, estão dentro de suas residências, o que pode gerar mais incômodo em relação a ruídos. A solução é definir e informar a todos o período permitido para ruídos mais altos, como os causados por furadeiras e martelos, por exemplo. No caso de obras, indica-se uma conversa amigável para solicitar o adiamento dos trabalhos em algumas semanas, afinal uma reforma traz mais trabalhadores para dentro do condomínio, colocando a saúde dos moradores e desses funcionários em risco, além de acarretar ruídos mais altos.